terça-feira, 28 de dezembro de 2010

VAMOS CELEBRAR A VIDA



Existem pessoas que acreditam que precisam de grandes motivos ou ocasiões importantes para celebrar a Vida. Eu mesma já pensei assim, e hoje sei o quanto estava errada.

Não preciso esperar para comprar o carro dos sonhos, ou finalmente fazer aquela tão desejada viagem, e nem mesmo esperar pela virada do ano para celebrar a vida. Sabem porquê? Porque a vida é uma bênção de Deus e nós vivemos rodeados de maravilhas sem perceber, porque vivemos ocupados demais, preocupados demais, absortos demais nos próprios pensamentos, problemas.

E é aí que a gente perde o melhor, pois quando nos permitimos parar e viver cada momento com toda a intensidade aos poucos nos aproximamos de Deus, a Paz Infinita nos invade e de uma maneira ou de outra, as coisas começam a fluir na nossa vida.

Então, quando for tomar aquele duche de manhã, mesmo que seja rápido, esteja presente nesse momento. Com toda a sua alma, todo o seu Ser Interior. Sinta a água escorrer pelo seu corpo e todas as sensações que lhe trouxer.

Quando for fazer uma refeição, tomar um chá, faça o mesmo. Sinta os cheiros, os sabores, sinta não apenas com o paladar mas com o coração.

Quando estiver na rua, e cruzar-se com "mil" pessoas, olhe para todas que tiver oportunidade. Melhor ainda, sorria. E se alguém lhe sorrir primeiro, ou uma criança no carro ao lado lhe fizer um "tchau" retribua com alegria e agradeça. Isto é estarmos em comunhão uns com os outros, e consequentemente com Deus.

Quando estiver na praia ou no campo, não se limite a apreciar a beleza da paisagem. Viva-a, absorva-a, traga-a para dentro de si e junte-se a ela.

Ouça os sussurros do vento, sinta as suas carícias. Ouça também a voz do silêncio, desenvolva a Paz Interior, e assim estará a celebrar cada momento da sua vida.

Que maravilha quando conseguimos ser e viver assim, em estado constante de celebração.

A vida deve ser celebrada todos os dias, a cada momento.

Beijos da Angel, com amor.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

DESARMANDO O OUTRO COM AMOR


Tenho uma vizinha há muitos anos que é daquelas pessoas que gosta de implicar por tudo e por nada.

Cresci a ouvir ela e a minha mãe discutirem por causa de coisas pequenas, que se poderiam perfeitamente resolver na base do diálogo. Mas ela, infelizmente, sempre preferiu a pior maneira. E até determinada altura, a minha mãe também errou porque entrava no jogo dela. Até que passou a ignorar as provocações, o que foi sem dúvida melhor para todos nós.

Só que, desde os tempos remotos, quando eu ainda era uma adolescente, e quando a minha mãe ainda se dava ao trabalho de alimentar as suas insanidades, que eu e o filho dela deixamos de nos falar.

Antes disso, nós nos dávamos bem. Conversavamos no portão, ele ia minhas festas de aniversário, essa coisa de vizinhos.

Só que teve uma vez que ele tomou o partido da mãe dele e claro, eu tomei o partido da minha. Não importa mais quem estava com a razão. É passado. Mas cada um tomou as dores da sua mãe, e assim deixamos de nos falar. Nem um cumprimento, nem bom dia, nem boa tarde. Nada.

Bem, passaram-se anos e durante esse tempo eu me tornei a pessoa que sou hoje e as vezes até lamentava que isso tivesse acontecido, afinal, não havia necessidade.

A minha mãe, como disse, deixou de dar trela a tal vizinha, e eu também. Cada vez que a visse, ou ao filho, entrando ou saindo de casa, tanto eu como a minha mãe fingíamos que não tínhamos visto nada.

De realçar, entretanto, que ela até hoje continua, na mínima oportunidade a tentar criar algum tipo de confusão connosco.

E foi isso que aconteceu há poucos dias.

O que aconteceu foi que o nosso motorista estacionou o carro um pouco mais atrás, e esse pouco quer dizer menos de 5 cm e por causa disso a senhora fez uma confusão no meu portão e ainda estacionou o carro no nosso portão, o que nos impediria de sair com o carro caso precisássemos.

O motorista veio avisar e eu fui lá para resolver o assunto. Toquei a campainha e não foi a vizinha que abriu a porta, e sim o filho dela.

Não dá para descrever a atitude agressiva com que ele abriu a porta. Vinha literalmente preparado para a guerra, só que eu não fui tocar a campainha da casa deles para armar um barraco. Como ele queria, ou pelo menos, imaginava.

Comecei sendo extremamente educada:
- Boa tarde, P. Eu queria falar com a tua mãe, é possível?

Ele ficou logo meio sem saber como reagir ao ver a minha atitude, mas respondeu ainda com arrogância:

- Ela saiu. Mas se é por causa do carro, podes falar comigo mesmo.

E aí começou a falar um monte de coisas que não eram chamadas no momento, e eu, muito calmamente disse:

- Eu acho que nós podemos nos entender, conversando. Qual é o problema? É o carro que está ligeiramente mais atrás do que deveria? - fiz uma pausa, e olhei para o nosso carro que de maneira alguma impedia a entrada ou saída do carros deles da garagem. - Tudo bem, eu estou a ver que ficou alguns cm mais atrás do que deveria, peço desculpas, mas tens que entender que o motorista não fez por mal. É natural, ao fazer uma manobra de estacionamento, que se avance ou recue sem querer um pouco mais. Se dissesse que o nosso carro está diante da vossa entrada, tudo bem, mas sinceramente, neste caso, não vejo a razão pela qual a tua mãe se irritou tanto. Ela podia ter estacionado na vaga dela perfeitamente, tanto como podia ter entrado com o carro na vossa garagem. E quando muito, caso não, vocês poderiam ter-nos chamado para resolver o assunto sem a necessidade de criar atritos.

A maneira como eu disse tudo isso deixou-o desconcertado, porque eu fui mais do que amena. Mais do que educada, fui suave. Delicada. E continuei:

- Sabes de uma coisa, esses anos todos, muitos conflitos poderiam ter sido evitados se nós simplesmente conversássemos. Discutir não leva a nada. Para quê partir para a guerra, quando tudo pode ficar bem na paz?

Falei muito mais, dei quase uma palestra, e sabem como terminou? Com ele dizendo que o carro não estava mal estacionado, que não estava a atrapalhar em nada o acesso deles e ainda se prontificou a ir buscar a chave do carro que a mãe dele tinha largado diante do meu portão.

Resumo da ópera? Quando um não quer, dois não brigam. E eu senti-me muito bem comigo mesma por ter tido essa atitude, por ter mantido a calma, e principalmente por ter conseguido fazer com que o meu vizinho baixasse a guarda. Ele rendeu-se completamente, e quando nos despedimos, a sua expressão era outra. Parecia uma outra pessoa. Só não sorriu hehehehehe mas eu sorri, e ainda desejei um Feliz Natal para ele e para toda a família.

Que bom, vocês nem imaginam. Que eu possa agir desta forma sempre diante de situações semelhantes, pois, o stress que a reacção contrária acarreta não compensa, e muito menos se compara a sensação de paz que eu senti naquele dia quando voltei para dentro da minha casa. Senti que tinha feito o certo e que lá em cima, os anjos sorriam satisfeitos.

Beijos meus, com amor.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

HOJE EU CONSEGUI ...


Você, que está aí cabisbaixo (a), sem ânimo, a pensar que o seu mundo ruiu e que nunca mais vai ser feliz na vida, eu tenho um segredo para lhe contar.

Não tenha pressa de mudar a sua vida da noite para o dia. Saiba que as mudanças repentinas, não duram, mas que as paulatinas permanecem.

Saiba que existe um tempo certo para tudo nessa vida, mas que precisamos as vezes de saber reconhecer quando chega a hora, esse momento crucial em que tudo pode mudar radicalmente para melhor. Desde que você realmente queira.

A primeira coisa a fazer é desejar realmente mudar a sua vida. Ter esse desejo bem patente dentro de si, pois querer é poder, e essa não é apenas uma frase feita. Querer é poder, sim, porque tudo que desejamos na nossa mente subconsciente tem o poder de se materializar na nossa vida.

O segundo passo é acreditar que isso seja possível. Não faça demasiadas perguntas. Não se concentre em "como eu vou conseguir isso ou aquilo", apenas acredite que já conquistou aquilo que tanto almeja. Sinta isso dentro do seu coração e experimente a alegria de desfrutar dessa enorme felicidade. Não se concentre no problema, foque na solução. Lembre-se, você não tem que saber como as coisas irão acontecer, tem apenas que acreditar e pronto.

O terceiro passo tem um nome, e é gratidão. Seja grato por todas as bênçãos da sua vida, todas as alegrias, todas as coisas boas, inclusive aquelas que ainda não se materializaram. Ser-se grato, esse terceiro e último passo, é talvez o mais importante, pois quando agradecemos por qualquer coisa boa que nos aconteça, estamos a atrair mais dessa mesma coisa e cada vez mais para a nossa vida. Então, não se esqueça de agradecer sempre, pelas grandes e pelas pequenas coisas.

Cumpridos esses passos, siga o seu caminho sem pressa. A pressa é inimiga da perfeição. Viva em paz. Cultive a paz dentro do seu coração, afinal, você agora está seguro de que tudo que você deseja, pode conseguir. O segredo está no desenvolvimento da sua Fé.

Então, lembre-se: o mundo não foi criado num só dia. Dê tempo ao tempo e veja as coisas a acontecerem.

A cada dia imponha a si mesmo uma meta, seja ela qual for:

- Hoje eu vou levantar dessa cama e vou reagir.
- Hoje eu vou viver o meu dia com alegria.
- Hoje eu vou finalmente ter aquela conversa com aquela pessoa.
- Hoje eu vou me manter sobrio.
- Hoje eu vou trabalhar com ânimo e vigor.
- Hoje eu vou estudar pelo menos por duas horas.

E assim, por diante. Seja qual for o seu problema, comece assim. Um passo de cada vez. Viva o hoje. Viva o agora. Só o agora existe.

E no final do dia, quando você tiver cumprido a sua meta, ou ainda que seja, metade dela, sinta-se bem consigo mesmo. Experimente a sensação de vitória que o invade, e diga, "HOJE EU CONSEGUI".

No dia seguinte faça o mesmo, insista, persista, até que isso se torne um hábito e passe a ser parte da sua vida. Quando der conta, a mudança estará feita e o mérito será todo seu.

O importante é não desistir. E mais importante ainda, é não querer que tudo se transforme como num passe de mágica. Depende de você. Ninguém pode lutar essa luta por você. Mas mesmo "sozinho" você pode vencer, desde que tenha calma e serenidade. Desde que tenha paciência consigo mesmo. Desde que continue no caminho, mesmo que caia algumas tantas vezes. Não importa. Levante-se do chão e tente mais uma vez.

Um passo de cada vez ... dia após dia ... cada dia uma meta ... repita todos os dias ... insista e persista, e diga sempre, no final de cada jornada, antes de se deitar, sorrindo para si mesmo : Hoje eu consegui ... e isso lhe dará forças para conseguir também no dia seguinte, e no seguinte, e no seguinte ...

Beijos meus, com amor.

Angel.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

ESCREVER UM DIÁRIO É UMA FORMA DE TERAPIA


Muita gente ignora, mas é verdade. Escrever um diário funciona como uma terapia no caso daquelas pessoas que buscam o auto-conhecimento, encontrar-se a si mesmas, que sofrem de Depressão, Ansiedade e outros distúrbios do mesmo género.

Como e porquê? É simples. Ao pôr para fora todas as suas angústias, medos, fracassos, frustrações, tristezas, etc, faz com que você se sinta limpo, como se tivesse tomado um bom banho de mar. Sentir-se-á também mais leve e de repente todas aquelas coisas que o estavam a afligir tanto, apertando-lhe o peito, assim como por milagre, parecem desaparecer ou pelo menos, atenuar. E com a prática, com o tempo, as coisas só tendem a melhorar, porque sozinho você poderá identificar a causa dos seus problemas.

Muitas vezes o que precisamos é apenas exteriorizar o que nos vai por dentro, e por mais que tenhamos um grande amigo, sempre há uma coisa ou outra que não contamos por vergonha ou por receio de não sermos compreendidos, ou pior ainda, de sermos julgados. Essa é a razão pela qual muitos fazem terapia, pois precisam conversar sobre as suas dores com alguém que não os conheça e que está ali apenas para ouvir e ajudar no que for possível. Mas nenhum terapeuta faz milagres, nem pode nos dizer o que fazer. Ele pode nos ajudar a identificar a causa dos nossos problemas, mas o resto é por nossa conta. Inclusive, muitos psico-terapeutas sugerem que os seus pacientes escrevam um diário para ajudar a que se libertem de tudo que carregam dentro de si.

Sendo assim, quer faça terapia ou não, desde que sinta essa necessidade de encontrar determinadas respostas, saiba que elas estão dentro de si mesmo.

Compre um Diário bonito com uma capa caprichada, ou até mesmo um simples caderno. Não importa, e sim, que você possa escrever nele. Ou então, faça o seu Diário no seu computador mesmo. Crie uma pasta e pronto. Nesse caso, caso não more sozinho ou partilhe o seu computador com alguém, sugiro que crie uma senha para o acesso a essa pasta que pode ser guardada nos seus documentos, por exemplo.

Eu estou a fazer isso e falo por experiência própria. As vezes estou melancólica quando me sento para escrever e sempre me sinto melhor depois de o fazer. Mas, não se esqueça, para surtir o efeito desejado, tem que ser verdadeiro. Escreva tudo o que você sente e/ou pensa. Tudo, rigorosamente tudo. Lembre-se que não está a falar com ninguém, e sim com você mesmo. No máximo, estará a falar com Deus, pois Ele habita no seu coração e no de todos nós.

Experimente. Comece agora e depois me diga se dá certo ou não.

Um beijo enorme, com todo carinho do mundo e muito amor.

Angel.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

AGRESSÃO VERBAL



Existem pessoas que não vêm a agressão verbal como uma forma de violência, porém, ela é sim um acto de violência que fere tanto ou mais do que a agressão física.

O que fazer nesses casos? Como reagir?

Eu, pessoalmente, só vejo duas opções: ou contra-atacar dentro do mesmo nível, ou seja, agredindo de volta; ou então silenciar, deixar a pessoa a falar sozinha, ignorar, ainda que custe, mas evitar responder e dar corda a discussão.

A primeira opção traduz uma situação pela qual a maioria de nós já passou nessa vida, certo? Quem já não se viu ouvindo o que não merecia, sendo vítima de alguma injustiça, acusado de alguma coisa que não fez ou até, quem já não ouviu da mãe, do pai, do marido, da mulher, do namorado, da namorada, da vizinha do lado, do colega, do chefe, daquela pessoa "louca" na rua, etc, palavras ofensivas, dolorosas, injustas? Acredito que sim, que todos nós, de alguma maneira temos uma experiência dessas para contar, e é mais do que normal que em muitos desses casos a reacção de muitos de nós tenha sido a de se querer defender, justificar, responder e nos piores casos, devolver as ofensas.

Aí, o caos está definitivamente instalado. A discussão estende-se por mais tempo do que deveria, e pode chegar as últimas consequências. É assim que se chega facilmente a agressão física, ao um hospital, ao divórcio, ao fim de uma amizade, enfim ... tudo porque a pessoa injustiçada reagiu, e então a culpa é sua? Ou tudo por causa da pessoa alucinada que sem pensar soltou cobras e lagartos em quem não merecia?

De facto, é complexo. Não é nada fácil ficar calado enquanto uma outra pessoa, seja quem for, grita connosco, nos ofende, nos humilha, maltrata, magoa com palavras duras e ferinas. Aquelas pessoas de pavio mais curto, as que não levam desaforo para casa, certamente não deixam por menos e fazem valer o seu direito de serem respeitadas fazendo ... o quê? O mesmo que o seu agressor.

Será mesmo essa a reacção mais adequada?

Vejamos agora a segunda opção, que consiste em não alimentar a negatividade, em não dar trela para aquilo que estiver a ouvir, manter-se calado, mesmo que tenha razão. Mas ... quem cala, consente! Não é isso que diz o ditado? Como assim, permitir que alguém me diga tudo que lhe dê na telha sem me defender, sem dar o troco?

Bem, eu vejo as coisas assim, e embora não seja perfeita, muito longe disso, eu aprendi com a vida algumas coisas de grande valor. É o seguinte: não se trata de calar e consentir. Trata-se apenas de esperar o momento certo para falar, porque não existe nada para conversar com uma pessoa descontrolada. Tudo que você possa dizer em sua defesa não será entendido, já que a outra pessoa está fora de si. Ao discutir com ela apenas irá agravar o problema.

Há pessoas e pessoas, todas diferentes umas das outras. Existem algumas que descontam as suas frustrações, o seu descontentamento com a própria vida ou alguma situação específica que as esteja a incomodar em cima dos outros, e esses outros, muitas vezes, são os mais próximos. Quase sempre, na verdade! E magoam, dizem coisas que na verdade não sentem, mas que você mesmo sabendo disso, vai sentir-se magoado, ofendido, decepcionado. Principalmente, quando não é um facto isolado, quando isso acontece na primeira divergência, na primeira oportunidade.

Acredito que o melhor a fazer nesses casos seja não reagir. Não responder. Se for possível, afastar-se da pessoa dizendo apenas que irão conversar num outro momento.

Claro que não é fácil. Você sabe que é a vítima, que aquilo não está certo, e muitas vezes pode até chorar sozinho depois por causa de todas as barbaridades que ouviu.

Mas o agressor, se você agir desta forma, acabará por se calar e em muitos casos se arrepender da sua atitude. Sabe porquê? Porque você não deu corda para a raiva dele. Porque você se recusou a sintonizar-se na mesma frequência negativa que ele, e manteve, a muito custo ou não, o seu equilíbrio.

Mais tarde, se vocês conversarem, ele poderá estar mais calmo e então você poderá falar. Calmamente. Poderá dizer o que pensa e o que sente, sem gritos nem ofensas. E o outro, muito provavelmente o escutará e assumirá o seu erro. Talvez até se desculpe, embora o orgulho impeça muita gente desse gesto simples e nobre que é pedir perdão.

De uma forma ou de outra, pense nas vantagens que isso acarreta. São muitas. Menos tensão, menos stress, menos problemas, porque violência gera violência e mais violência. Já a tolerância gera tolerância, condescendência. E assim muitas vezes se evitam desfechos trágicos, tristes e dos quais ambas as partes no futuro podem se arrepender.

No entanto, é claro que nenhum de nós é santo. E que se esse tipo de agressão for recorrente, mesmo que você haja da maneira "correcta", chegará o dia em que você não terá mais forças para suportar, e aí então, a culpa não é sua, nem nunca foi. Você fez a sua parte e deve orgulhar-se disso, mas não é obrigado a conviver com alguém que o agride constantemente, por mais que depois peça desculpas. afinal, perdoar não significa permanecer no lodo. Nesses casos o que acontece é que você atinge o seu ponto de saturação, e todos temos um, e naturalmente acabará por se afastar dessa pessoa. Pode até não guardar mágoa, ressentimento, ódio, e não deve mesmo, mas sabe que é impossível a convivência com essa outra pessoa, que lhe faz mal, que por algum motivo não conseguem se entender de verdade. Esse é momento em que você, mantendo a sua dignidade, sai de cena.

Quem sabe se assim, vendo você longe, distante, indiferente, não cai finalmente na real e promove uma mudança real no seu temperamento e na sua vida? Há pessoas que só entendem as coisas como elas são quando se dão conta que chegaram ao fim da linha e que estão sós.

O mais importante, na minha opinião, é você fazer a sua parte. Porque você está certo. você tem razão. Você sabe a verdade, e isso deve bastar. Se a outra pessoa, um dia, realmente se modificar, dê mais uma chance ou quantas forem necessárias, mas vibrando sempre numa energia positiva.

Nada disso se consegue da noite para o dia, eu sei bem disso. É um processo interior que leva o seu tempo mas quando ele cria raízes na sua alma, nada o pode abalar. E você estará mais perto, cada vez mais, da iluminação.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

É TEMPO DE ...




É a essa hora que mais gosto de escrever. Quando a casa está silenciosa, a noite quieta lá fora.

Sentada à mesa da cozinha da minha casa, diante deste meu fiel amigo, a primeira coisa que me vem a cabeça é que o fim do ano está aí. Mais um ano que finda, e com ele, mais um ciclo da minha vida. Sim, porque os ciclos da vida não estão condicionados ao calendário, mas eu sinto que estou e preciso de fechar um ciclo na minha vida.

Acredito que muitas outras pessoas se sintam assim. Uma certa nostalgia, algumas frustrações, perguntas sem resposta e não raras vezes, o não saber que rumo tomar.

Esta é uma boa altura para reflectir, sem dúvida. E penso em tudo que aconteceu ao longo deste ano. Tento  avaliar com cuidado as circunstâncias de cada situação por que passei, aceitar onde errei e perceber como mudar o curso do rio da minha vida.

Começando pelas coisas menos boas, tive muitos momentos de tristeza, angústia, ansiedade. Decepções. Sim, elas fazem parte da vida, e só passando por elas, podemos aprender a separar o joio do trigo. Momentos de extrema solidão, em que me isolei em mim mesma. Momentos de saturação, em que saí de mim e perdi as estribeiras.

Não importa quem tem razão, entendem? Compreendo agora que os outros só fazem connosco, o que gente permite. Além disso, é minha obrigação ser mais tolerante e não julgar ninguém. Quero terminar este ano com o meu coração completamente limpo de qualquer mágoa, qualquer sentimento negativo. Para isso, é preciso perdoar. Entender as motivações, ainda que ilógicas dos outros para determinadas atitudes que nos ferem. Uma vez li uma frase, cujo autor desconheço, que diz assim "Quando você conhece realmente alguém, e a razão pela qual esse alguém faz as coisas, não é necessário odia-lo". É a mais pura verdade. Portanto, ainda que fragilizada, magoada e decepcionada, eu tento com todas as minhas forças perdoar e não julgar ninguém nessa vida. Quem achar por bem, pode continuar o que começou em 2010, mas eu já disse para mim mesma: eu mudei. Eu não posso interferir no livre arbítrio das pessoas, nem força-las a acreditar em mim ou a me verem como realmente sou. Tudo a seu tempo. E o nosso tempo, não é o tempo de DEUS.

Agindo assim, o coração fica mais leve e a pouco e pouco, cada coisa pode se encaixar no seu devido lugar.

Mas, felizmente, esse ano também teve a sua dose de coisas boas. E como teve. 

Tenho a minha filha ao meu lado, uma criança feliz e muito amada, cheia de amor para dar. Tenho pais maravilhosos, a quem serei eternamente grata por tudo que já fizeram e fazem até hoje por mim. Uma família, amigos que me amam, e no toca aos amigos, quero salientar a entrada de pessoas novas e muito importantes na minha vida ao longo deste ano. Pessoas que estiveram ao meu lado incondicionalmente, que me ofereceram amor e se comportaram como amigos de uma vida inteira. Pessoas com quem compartilhei dores, alegrias, novidades, e que me entenderam e estenderam a mão sem me julgar. Pessoas completamente novas, e outras que a vida me trouxe de volta. Podia falar de muitas coisas boas, momentos bonitos que vivi este ano, inesquecíveis, com pessoas que eu sei que sempre estarão na minha vida. Mas entrar em detalhes tornaria este texto demasiado extenso. Quem sabe eu não faça ainda um  post dedicado somente a essas pessoas que ajudaram a fazer de 2010 um ano mais feliz para mim, afinal elas merecem. E o exercício da gratidão é das melhores coisas para sanar os males e atrair o Bem.

É tempo, então, de agradecer. De perdoar. De abrir as portas do coração para o novo ano que se aproxima. É tempo de pensar em mim, de me redimir, de me perdoar também. É tempo de amar muito mais do que em qualquer altura. Tempo de tomar consciência do mundo em que vivemos e pensar no que está ao nosso alcance fazer para o tornar um lugar melhor para se viver, e isso só se consegue, quando se está bem no próprio mundo interior e com as pessoas que nos rodeiam. Não importa que algumas delas não estejam tão bem assim connosco ... essa não deve ser uma preocupação, e sim nós estarmos bem connosco e com todos. É tempo também de pensar mais nos outros, pois o mundo não gira em torno de um único umbigo, e deixarmos de ser egoístas, achando que somos detentores da razão. É importante assumir os próprios erros, é importante reconciliarmo-nos com aquela pessoa com quem não agimos correctamente, e de mostrar a quem não agiu da melhor maneira connosco, que o nosso coração nada tem para lhes oferecer, além de amor. Apesar de tudo.

É tempo também de fazer planos, ou refazer. Tempo de seguir em frente na vida com novos projectos, com a cara e a coragem, de decidir agir em vez de esperar que as coisas caiam no nosso colo.

É tempo de olhar o mundo, a natureza, todos os seres, com outros olhos. Tempo de fazer caridade, se não fez o ano inteiro. Tempo de fazer alguém feliz, nem que seja um mendigo, oferecendo-lhe além de uns trocados, também um sorriso, demonstrando que a gente o vê, de verdade.

É tempo de mudar, é isso. A vida é mudança, é movimento e nós não podemos parar, nem vê-la passar. Nem tão pouco vive-la da maneira errada, que não nos realize. Vida é benção, e é nosso obrigação fazer dela uma experiência que valha a pena, da qual nos orgulhemos e que possamos deixar como exemplo um dia. Viver é buscar a felicidade nas coisas simples da vida, e dentro de nós mesmos. Viver é sinónimo de amar, de alegria e cabe a cada um conquistar o seu pedaço do paraíso na terra, com Fé, Amor, Perseverança e Boa Vontade.

Eu desejo que todos nós possamos alcançar essa paz e também a sabedoria para escolher o caminho certo, dentre tantos que diariamente se apresentam diante de nós. Que possamos ser guiados pelo Espírito  Santo de Deus nessa caminhada.

Bençãos plenas para todos, é o que eu desejo do fundo do coração. Que se espalhe o Espírito do Amor por todos os cantos da terra.

sábado, 11 de dezembro de 2010

CONTEMPLANDO O SILÊNCIO



Em muitos momentos, ultimamente mais do que eu mesma posso perceber, tudo que necessito é isso. Apenas Silêncio.

Fujo das conversas triviais, e das outras também, confesso. É um estado em que o Ser se resume a sua real e não tão óbvia insignificância diante de todas as coisas que realmente importa. Aí vem o vazio, a ausência de coisas que não possuo, a saudade de outras que ainda nem existem e cuja falta já me faz assim, solitária na noite silenciosa. Noite que sempre encobre os meus segredos. Minha cúmplice em todos os mistérios. Noite silenciosa, minha única amiga, onde posso ouvir a voz gritante do silêncio dentro de mim, onde me encontro e me perco, e me volto a encontrar e perder muitas vezes sem fim.

Sabe lá, o que é morrer de sede em frente ao mar? ... Este é o trecho de uma música, Djavan. Linda! Expressa um pouco de tudo que corre em mim. Essa coisa que corre, que luta contra uma outra, esse combate que o meu corpo não sente, mas que a minha alma experimenta com um pouco de desespero e um fio de esperança.

De que adianta debater-me em aflição? Não! Simplesmente me acalmo e refugio-me no som do silêncio. Não é fácil, confesso. Arrepios percorrem todo o meu corpo, invade-me um medo inexplicável, uma tristeza incontornável e vejo-me nitidamente lá ... a beira do abismo! O vento uivante agita-me os cabelos em desalinho, despe-me de todas as coisas que conscientemente ou não, me perturbam. Sinto rasgar-se em mim a dor do meu ego mundano e refazer-se a essência verdadeira de quem sou, afinal.

Envolve-me de tal forma este silêncio que apazigua que não sei mais onde ele termina e eu começo. De repente somos um só e isso refaz-me por dentro, como um feixe de luz que entra pelo cimo da minha cabeça, como o bálsamo dos Deuses derramado sobre mim.

Entro numa espécie de sono, mais parecido com um transe ... lembro-me daquelas mulheres que dançam alucinadas em torno da fogueira deixando fluir de si mesmas aquilo que realmente são ... um sono mágico onde vejo flores, um campo inteiro de flores amarelas e perfumadas. Campo que eu percorro leve e saltitante até que o vejo ... parece-se com um monge, ou algo assim ... usa umas vestes brancas, e sorri-me de modo fraterno. Ao aproximar-me, ele permanece aquele sorriso poderoso nos lábios, nada profere. Também ele está em silêncio. Apenas me entrega gentilmente um canudo, um papiro enrolado e de repente, desaparece o monge, ou quem quer que ele seja.

Desaparece também o campo, as flores amarelas e volto à beira daquele abismo, de onde agora sei como recuar. E volto em liberdade. Descubro que tudo que me faz falta está em mim mesma e que muitas vezes o que mais preciso é de reconhecer a força que habita em mim.

Sento-me ali, ao luar, ainda em silêncio mas agora sorrindo e segurando o papiro que trouxe de lá, das profundezas de mim. Vou lê-lo ... eu sei que vou, mas não tenho pressa. Vou aproveitar a magia desta noite silenciosa e agradecer por cada uma das bençãos da minha vida. Sei que a outra parte do caminho está comigo, no papiro que seguro com cuidado.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

AINDA SOBRE O ÓDIO ...



Enquanto a Raiva seria predominantemente uma emoção, passageira na maioria dos casos, o ódio seria, predominantemente, um sentimento forte e muito bem estruturado.


O ódio é um sentimento intenso de raiva, podendo ser bastante poderoso. Traduz-se numa forma de antipatia, aversão, desgosto, rancor, inimizade ou repulsa, nem sempre justificáveis, contra uma pessoa ou alguma coisa, assim como o desejo de evitar, limitar ou destruir o objecto desse ódio.


Assim sendo, o ódio é muito mais profundo do que a raiva.

Paradoxalmente podemos dizer que o ódio é um afecto tão primitivo quanto o amor. Tanto quanto o amor, o ódio nasce de representações e desejos conscientes e inconscientes, os quais reflectem mais ou menos o narcisismo fisiológico que nos faz pensar sermos muito especiais.

Assim como o amor, só odiamos aquilo que nos é muito importante. Não há necessidade de ser-nos muito importantes as coisas pelas quais experimentamos Raiva, entretanto, para odiar é preciso valorizar o objecto odiado. É preciso que de alguma forma a pessoa odiada mexa com toda a nossa estrutura interior, seja de forma consciente ou não.

Para uma pessoa nutrir sentimentos de ódio, é indispensável que atribua ao objecto de seu ódio um valor suficiente para fazê-lo reagir com esse tipo de sentimento. Obviamente, se ignorar o valor doobjecto não poderá odiá-lo.

Em termos práticos podemos dizer que a raiva, como uma emoção, não implica mágoa, mas sim em stress, e o ódio, como sentimento, implica uma mágoa crônica, uma angústia e frustração. Um sofrimento. O ódio prejudica muitas vezes mais a quem odeia do que a pessoa odiada, porque o ódio também é uma forma de energia, tal como o amor. Só que uma energia extremamente negativa, que corrói as entranhas do Ser, desvalorizando-o paulatinamente.

Nenhum dos dois é bom para a saúde; enquanto a raiva, através de seu aspecto agudo e estressante proporciona uma revolução orgânica bastante importante, às vezes suficientemente importante para causar um transtorno físico agudo, do tipo infarte ou derrame (AVC), o ódio consome o equilíbrio interno cronicamente, mais compatível com o cancro, com arteriosclerose, com a diabetes, hipertensão crónica. 

Por tudo isso, está mais do que clara a origem de muitos males que assolam a humanidade hoje em dia. As pessoas não sabem, ou não querem ver, mas elas são aquilo que pensam, que sentem, que interiorizam, e se a pessoa no seu interior é só raiva, ódio, rancor, mágoa, obviamente que a sua realidade não será das coisas mais bonitas de se ver.

As pessoas que se permitem odiar umas às outras, são pessoas tristes e infelizes. São pessoas com uma auto-estima muito baixa, com um amor-próprio por vezes inexistente e não raras vezes, são pessoas doentes. Doentes, porque muitas vezes alimentam esse sentimento sem real necessidade. Muitas vezes são pessoas que precisam de atribuir a culpa pelos seus fracassos a algo ou alguém, o que implica uma grande frustração. E assim, vai se desgatando, corroendo a mente, e afectando o corpo.

Não é a toa que se diz, "Mente sã, corpo saudável"!

Cuidado com os seus pensamentos e sentimentos, cuidado com o bicho que cria dentro de si mesmo.

Busque a paz, busque o amor, busque a tolerância, a benevolência, a boa vontade. Alimente-se do néctar da vida, não do fel, e seja feliz. Aprenda a perdoar. Entenda que nem sempre os outros são os culpados pelos seus problemas, e que seja como for, odiar alguém é a pior decisão que pode tomar. Lute. Lute contra essa força maligna com todas as suas forças, pois no fim, maior, ou talvez o único prejudicado, será você mesmo.

Beijos da Angel :)

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

O ÓDIO


Hoje não elaborei nenhum tema específico para postar aqui no Blog, mas decidi dividir com todos vocês uma coisa que aconteceu, e mexeu muito comigo.

Só para vocês entenderem irei um pouco atrás no tempo, mas sem detalhes minuciosos.

Tenho um amigo, que nunca foi aquele amigo íntimo de frequentar a minha casa, de nos telefonarmos com frequência, mas apesar disso sempre foi alguém com quem sempre simpatizei e com quem sempre me dei bem. Só nos encontrávamos casualmente, e era sempre aquela festa, aquela satisfação, tudo na maior paz.

Entretanto, a partir de determinada altura entrou uma terceira pessoa que ficou entre nós e desde então a nossa relação nunca mais foi a mesma. Surgiram vários problemas provocados por mal entendidos e maledicência de várias pessoas que gostam de ver o circo pegar fogo. Devo salientar que a terceira pessoa é alguém de quem aprendi a gostar muito e por quem nutro uma profunda amizade, já há um ano.

Não posso nem vou entrar em mais detalhes porque algumas pessoas que me conhecem pessoalmente podem vir a ler esta postagem e eu prefiro preservar nomes e mais detalhes que poderiam ser reveladores.

A única coisa que posso dizer é que esse tal amigo, de quem sempre gostei e contra quem nunca tive rigorosamente nada, começou a pouco e pouco a tornar-se agressivo, para não dizer violento comigo. Ao ponto de chegarmos a nos desentender seriamente. Ao ponto de eu querer partir para cima dele, o que aliás, é uma reacção bastante difícil em mim. Sou da paz. Exercito muito a tolerância, mas não sou perfeita e feliz ou infelizmente, também perco as estribeiras como qualquer ser-humano que chega ao seu limite.

Apesar disso, depois de um longo período de turbulências, eu o procurei para dizer que o perdoava e que continuava a desejar-lhe muito bem, e que passado era passado. Tive essa necessidade, se é que me podem entender.

Pois bem, passaram-se alguns meses e as coisas nunca mais foram as mesmas. Cada um no seu canto, e dessa experiência eu aprendi que devo me controlar mais e que é meu dever ser paciente e tolerante mesmo com quem me agride. Quem sabe se eu tivesse feito isso, as coisas não teriam chegado tão longe?!

Mas a vida segue o seu curso e depois de todo esse tempo sem contacto praticamente nenhum, surge uma determinada situação que faz com que ele me telefone, novamente com acusações e palavras duras. Foi aí que ele me disse essa frase, que ainda ecoa dentro da minha cabeça: "Eu estou-te a odiar".

Só que de lá para cá, eu mudei. A minha reacção foi totalmente diferente da que provavelmente ele esperava. Falei com ele com toda a calma deste mundo, pedi que se acalmasse, perguntei o que estava a acontecer, o porquê da sua atitude. Permaneci serena, tranquila e decidi que não ia mais ser a tomada onde ele iria ligar a sua ficha de ódio despropositado, alucinado, desvairado. Ainda lhe disse o seguinte: "Tu não me odeias, tu sabes que não sentes isso e eu também sei porque não acredito que sejas essa pessoa. E se me odiasses de verdade, então esse seria um sentimento que seria só teu porque eu não te odeio a ti, nem a ninguém nessa vida".

Isso aconteceu e eu me mantive emocionalmente equilibrada, mas agora que passou, quando me lembro, não deixo de sentir uma tristeza enorme, afinal, ele é uma pessoa que fora os acessos repentinos de fúria, nunca me fez nenhum mal, durante anos. Nem eu a ele. Sempre nos demos bem, sempre nutri um carinho sincero por ele mesmo não tendo com ele uma ligação muito estreita. E pergunto-me, como pode alguém assim, dizer que me odeia, e ainda por cima gratuitamente.

É louco? Tem problemas psicológicos? Está desorientado? Está a ser influenciado contra mim? De onde nasceu esse ódio todo de repente? É que mesmo tendo em conta os motivos que não posso divulgar e que deram origem aos problemas dele comigo, pois eu nunca tive nenhum problema com ele, mesmo assim não seria o suficiente para proferir essa frase " Eu odeio-te".

Volta e meia penso nisso e não cesso de pedir a Deus que ilumine a sua cabeça, seu coração, para que ele possa ver as coisas como elas são de verdade e parar de achar que eu sou a causa dos seus problemas, pois definitivamente, não sou.

Gostaria muito que ele se desse conta disso, e em nome de Jesus esse dia vai chegar.

Eu já o perdoei. Aliás, não tenho o que perdoar porque considero que ele só pode estar fora de si. Daí o seu comportamento estranho e confuso.

Meu Deus, acontece que nunca ninguém me disse uma coisa dessas. Custei para assimilar, sabem? Estou habituada a quem as pessoas digam que me amam, tenho uma relação amistosa, para dizer o mínimo, com a maioria esmagadora das pessoas e mesmo aquelas pessoas que eu sei, intuitivamente que não são são o que parecem, até essas eu trato bem porque acredito que só o Amor pode mudar tudo, produzir milagres na vida das pessoas. Ou seja, dou sempre a chance de qualquer um me conhecer e descobrir quem sou de verdade.

Talvez por isso, esteja a doer lá no fundo do meu coração ter ouvido palavras tão feias quanto essas. Mas eu confio em Deus e sei que Ele tratará de fazer justiça e de pôr cada coisa no seu devido lugar.

Já agora, aproveito para dizer que o ódio é um sentimento destrutivo e que faz pior, muito pior a quem o sente. Principalmente quando a pessoa odiada não está na mesma faixa vibracional daquele que odeia, ou seja, está sintonizado com o Amor.

Quem sente ódio é infeliz, pode adoecer, e atrai para si mesmo coisas muito más porque é auxiliado por energias negativas que se comprazem desse tipo de vibração negativa.

Eu não odeio ninguém, nunca odiei. Sou Amor, só tenho amor para dar. Quem me odeia, sente isso gratuitamente, o que é pior ainda, mas assim assim eu estou e estarei sempre de braços abertos, como agora, para receber essa pessoa de volta na minha vida com um grande abraço quando, um dia, se Deus permitir, ele se der conta da injustiça que cometeu contra mim e se arrepender.

Que assim seja, meu Pai do Céu.

As vezes tenho vontade de lhe telefonar só para saber se está melhor, se está mais calmo. Mas entretanto acho melhor deixar quieto por enquanto, deixar a poeira assentar. Deus sabe a hora certa para tudo nessa vida e eu confio Nele mais do que em qualquer coisa neste mundo.

Este foi um desabafo, pois precisava mesmo de pôr para fora.

Beijo da Angel para vocês.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

VOCÊ SABE ORAR?



Faço essa pergunta porque muita gente não sabe como fazer uma oração. A Oração é uma ferramenta super poderosa que pode, e deve, ser usada em nosso benefício e dos outros, sempre para o Bem Supremo, e uma Oração pode realmente produzir milagres. Só que isso depende da sua Fé.

Ter Fé é ter confiança absoluta e entregar as coisas nas mãos de Deus. É ter plena convicção de que a sua prece já foi atendida, mesmo que ainda não tenha sido.

Isso significa que quem faz orações carregadas de lamentações, de dor, sofrimento e mágoa, naturalmente não obtém o resultado esperado. E quando isso acontece, as pessoas desistem. Dizem que Deus não existe, ou que não as ouviu. Porém, Deus está em todos os lugares e ouve a cada um de nós. O X da questão é que tudo acontece mediante a nossa fé, por isso Jesus Cristo proferiu aquela célebre frase "Tudo que pedirdes ao Pai, em meu nome, te será dado". E assim é.

Então, se você tem um problema, nada de se ajoelhar e repetir mil vezes o Pai Nosso sem sentimento, sem emoção. Não são as orações decoradas que produzem efeito, e sim as que saem da sua alma. O Pai Nosso é uma oração poderosíssima, mas ela precisa de ser sentida em cada palavra dentro de você mesmo enquanto a diz.

Por outro lado, orar é conversar com Deus, e se deseja obter resultados, demonstre o tamanho da sua fé Nele. Ou seja, uma oração do tipo:

"Meu Deus, eu sou uma infeliz, meu marido me abandonou e me sinto cada vez mais sozinha. A minha vida acabou, não vejo mais sentido para nada. Nada dá certo na minha vida, não tenho nada nem ninguém com quem contar ..." e por aí em diante. Você acha mesmo que essa oração vai lhe trazer algum bem? É que depois de orar você vai continuar tão deprimido quanto antes e logicamente nada vai mudar, porque foi isso que você determinou na sua oração.

Ao orar, nós temos que declarar o sucesso, a felicidade, a paz, a prosperidade. A palavra tem poder. O pensamento tem poder. E quando você reza, e repete, repete, e repete tantas vezes quantas forem necessárias uma oração positiva, o milagre acontece.

Então, ao contrário do primeiro exemplo, veja este segundo:

"Meu Deus Todo Poderoso, eu sou feliz porque eu Te tenho ao meu lado, porque tu me amparas, proteges e me guias no caminho certo. Em nome de Jesus, eu sou uma mulher feliz e abençoada, tenho um marido maravilhoso que me ama e respeita. A minha vida é maravilhosa, cheia de bençãos pelas quais sou imensamente grata. Sei que posso confiar em Ti, e confio. Deixo a minha vida nas tuas mãos e na hora certa Tu farás o milagre acontecer".

Percebeu a diferença? Mesmo ainda não tendo a solução do seu problema, concentre-se na solução e não  no problema. Quanto mais você enfatizar o quanto é infeliz e coitado, mais infeliz e coitado será pois este é o comando que está dando ao seu subconsciente. E o seu subconsciente é uno com Deus. Você precisa então de mudar a sua vibração e emanar positividade, esperança, Fé. Tendo a verdadeira Fé, não há nada que você não possa almejar.

Então, lembre-se de hoje em diante quando for fazer uma oração, nada de lamentações. Pense positivo, fale positivo, declare positivo, determine positivo.

Este é o segredo da Oração que produz milagres.

Beijo da Angel :)

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

QUE VÁ O VELHO, E QUE VENHA O NOVO



Que tal aproveitar que este ano está no fim para nos desfazermos de tudo quanto já não nos serve, e assim podermos recomeçar mais leves, livres e soltos?

A desarrumação, desordem, acúmulo de coisas velhas e inúteis, sujeira, tudo isso atrai energia negativa que se reflecte na sua vida sem que você sequer perceba. Por isso é que é tão importante, de acordo com certas filosofias, e também com nosso próprio bom senso, manter a sua vida de um maneira geral organizada. Refiro-me a sua casa, seu trabalho, seus relacionamentos e por aí vai, e nenhuma altura é mais indicada do que esta, o final de mais um ano, para dar uma repaginada em tudo isso.

Começando pelos relacionamentos, quer sejam entre marido e mulher, namorados, amigos, colegas ou vizinhos, se existe algum atrito, alguma pendência, alguma mágoa, algo por dizer, esta é a hora. Não leve para o ano novo essas emoções negativas que certamente o mantiveram atado em 2010 e não queremos que isso se repita, certo? Então, se tiver consciência de que falhou com alguém, está na hora de assumir a postura certa e se redimir. Faça uma reflexão, seja sincero e peça perdão. Esta é uma atitude nobre e muito digna, não importa a reacção da outra pessoa desde que você cumpra a sua obrigação. Por outro lado, se existe alguém de quem você tenha algum tipo de ressentimento, perceba que esse é o tipo de sentimento que faz pior a quem o sente do que a quem possa ser direccionado, então, aprenda o valor da palavra perdão. Perdoe de todo o coração, livre-se dessa aura negra que nos envolve a todos quando carregamos dentro de coração sentimentos nocivos como o ódio, o rancor ou a inveja. Perdoe, seja superior, seja melhor, seja benevolente. Lembre-se que todos somos falhos, seres imperfeitos e que só Deus tem o direito de nos julgar.

Por outro lado, há outras coisas a que muitas pessoas não dão importância ou simplesmente não acreditam, mas que é de salientar aqui. Não guarde coisas velhas. Roupas, sapatos ou bolsas que não usa há séculos. Objectos de todo o tipo que só estão a ocupar espaço na sua casa, no seu escritório, no seu local de trabalho. Revistas lidas e relidas mais do que antigas. Aquele copo que você adora mas que está rachado. Os brinquedos de quando o seu filho tinha 1 ano de idade aos quais já não dá a mínima importância mas que continuam lá, na estante do quarto dele, ou atirados dentro de algum baú. Tudo isso, todas essas coisas, devem ir para o lixo. E aquilo que estiver em bom estado mas que você já não usa, como roupas, brinquedos ou livros, doe. Você já parou para pensar que aquelas várias peças de roupa nas suas gavetas nas quais você sequer toca porque saiu de moda ou apenas já não gosta, pode ser muito útil a alguém que precisa e não tem o que vestir?  Portanto, pratique o desapego, o desprendimento, não acumule um monte de coisas sem necessidade. Deixe que o velho se vá, para que o novo possa chegar. É assim que funciona. Se estamos presos ao passado, o futuro nunca chegará.

E por fim, quero falar da importância de uma boa faxina. É que as vezes, devido a falta de tempo, pois hoje em dia a maioria das mulheres trabalha fora e nem todo mundo tem uma empregada em casa, muitos de nós acabam por "limpar para o inglês ver", como se costuma dizer. Não é bem como varrer para debaixo do tapete, mas sim aquela limpeza mais superficial, rápida, que dá de imediato um bom aspecto ao ambiente, mas que na verdade continua saturado de energias negativas, ali, atrás do armário, por baixo dos móveis, em cada canto que não foi devidamente limpo. Então, pelo menos uma vez por semana, no máximo de 15 em 15 dias, faça, ou mande fazer, essa limpeza mais profunda tanto na sua casa, como no seu local de trabalho. Deixe tudo limpo, cheiroso, brilhante, e não haverá coisa má que permaneça porque energia negativa gosta de sujeira, bagunça, desordem.

Por tudo isso, ponha mãos a obra e comece agora mesmo a reorganizar a sua vida. Eu, particularmente, vou começar pelo meu guarda-roupa e livrar-me de tudo que já não uso. Quero livrar-me de tudo que seja inútil, que ocupe espaço sem necessidade, que interfira com a harmonia do meu lar, da minha família e da minha vida. E você, que tal fazer a mesma coisa? Que tal deixar ir o velho para que o novo possa chegar?

Beijo da Angel para todos vocês.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

PARA A MINHA FILHA



Antes de me tornar mãe, eu jamais poderia imaginar a dimensão desse amor.
Todo o mundo sabe, todo o mundo fala, mas só quem é mãe é que sabe o que é amar alguém mais do que a si mesma.
A minha filha completa hoje 11 anos e esta é sem dúvida a data mais importante e mais feliz da minha vida, pois ser mãe é uma dádiva de DEUS, uma benção sem igual, um tesouro de valor inestimável, um amor desmedido, incondicional e puro, supremo, soberano.
Antes de tudo, tenho que me ajoelhar em oração e expressar a minha gratidão ao CRIADOR por ter-me feito merecedora de tão grande felicidade.
E ... para ti, minha filha, meu amor maior, minha razão de viver, minha luz, quero dizer que te amo de uma maneira que não posso descrever, que és para mim muito mais do que poderás algum dia sonhar.
Tu és a minha força, o meu equilíbrio, a minha coragem, a minha vitalidade, a minha fonte de reenergização. Tu és o centro do meu mundo, do meu Universo, e é em ti que encontro muitas das respostas que procuro e é por ti que faço e deixo de fazer tantas e tantas coisas, porque tu és o mais importante que tudo, meu tesouro mais precioso, minha jóia rara.
Quero-te dizer, minha filha, que não importa quanto eu te ensine e ainda venha a ensinar como mãe, tu como filha, tens-me dado grandes lições de vida. Sou tão grata por ser mãe de uma menina tão especial como tu que espero que um dia possas ter consciência de quanto.
Tu és um primor, meu amor, de tanta generosidade, tanta benevolência, sensibilidade. A pureza do teu coração, dos teus sentimentos comove-me todos os dias, e o teu carácter está implícito em cada gesto teu, em cada palavra. Como quando choras porque um animal se magoa ou quando eu te digo com o coração apertado que não podemos levar todas as crianças abandonadas para dentro de casa, quando insistes que eu dê uns trocados ao mendigo no meio da estrada mesmo quando estou com pressa e o sinal já abriu e não dá tempo nem de abrir a carteira. Tu és especial, és iluminada, és do Bem, e eu sou tão feliz por isso, tão orgulhosa de ti. Da tua personalidade forte, da tua maturidade só com 11 aninhos, do teu senso de justiça, da tua misericórdia e o sentimento de compaixão que expressas por todos os seres. Graças a DEUS!
Por tudo isso e muito mais eu te amo. Eu te amaria de qualquer maneira. Tu és a luz dos meus olhos e és a única coisa que me põe para cima quando algo tenta me puxar para baixo. É por ti que eu vivo, que eu trabalho, que eu me empenho em ser uma pessoa melhor a cada dia que passa. É por ti que eu quero contribuir para um mundo melhor, porque sei que esta também será a tua missão um dia, e sei que a levarás a peito e que nada te impedirá de seres quem és.
Parabéns minha filha e muito, mas muito obrigada mesmo, por existires na minha vida.
Que DEUS te abençoe infinitamente, que os seus anjos te guardem em todos os teus caminhos e que eles sempre te conduzam na direcção do Bem e do Amor.
Amo-te sem medida.
Beijos da mamy.

domingo, 21 de novembro de 2010

SEGREDOS DA FELICIDADE



Eu não tenho a menor pretensão de ser a detentora dos Segredos da Felicidade, mas felizmente posso dizer que já aprendi, com a própria vida, algumas coisas que considero essenciais e que podem fazer a diferença na vida de qualquer pessoa. Para muito melhor.

Resolvi fazer essa postagem inspirada por aquelas pessoas que passam a vida a reclamar de tudo e mais alguma coisa.

Tudo bem, eu sei que muitas coisas não estão bem no mundo. Estão de cabeça para baixo, e muita coisa está errada mesmo. Aqui, então, debatemo-nos com problemas básicos como o abastecimento de água potável que muitas vezes falha, a distribuição de energia eléctrica que é mais do que precária o que nos obriga a fazer dos geradores bens de primeira necessidade, o transito caótico que as vezes dá vontade de abandonar o carro e seguir a pé de tão frustrante que é ficar ali preso dentro do carro a ser consumido pelos nervos, mas ... mesmo assim, a mim faz-me confusão ver que existem pessoas tão negativas, tão pessimistas, tão prontas sempre a apontar o dedo, a criticar, a reclamar, a queixarem-se da vida.

Muitos poderão até não entender o meu ponto de vista, mas eu acredito que tudo aquilo que interiorizarmos e aceitamos como verdade, materializa-se. Simples assim. Então, se uma pessoa tem um determinado problema, um chefe chato e insuportável, por exemplo, e passar o tempo todo a queixar-se dele, a lamentar-se, a interiorizar que ele é insuportavelmente chato, mais ainda ele será dia após dia. Porque o semelhante, meus amigos, atrai o semelhante. A nossa mente, cria a nossa realidade, cria as experiências pelas quais passamos. Ou seja, cada um de nós é responsável por aquilo que atrai.

Eu sei que é mais do que difícil aceitar isto como verdade, chega a ser duro, até. Mas é a mais pura verdade. E querem saber de uma coisa? Eu posso citar vários exemplos de coisas que eu pratico diariamente e que provam que toda essa teoria é mais do que comprovadamente certa.

Todos sabemos que nesta cidade, como em muitas outras capitais mundiais, ainda que por motivos diferentes dos nossos, estacionar o carro em certos lugares e em certos horários é bastante problemático. Foi aí que eu decidi fazer um teste e comecei a interiorizar, ainda a caminho de tal lugar, que não importa o trânsito nem quantos carros estivessem ali estacionados, eu encontraria a minha vaga a minha espera. E não é que deu certo? Podem acreditar e começar já a praticar. É muito raro o dia em que não encontro um lugarzinho para estacionar, seja onde for.

Pensar positivo, é mais do que importante. É essencial, é saudável, é o segredo para a felicidade. E tal como dei esse exemplo, poderia citar outros relativos a outras situações, mas eu acredito que tenha dado para entender o X da questão.

A mensagem que eu quero passar hoje, meus amigos, é que em vez de se concentrarem nos problemas, que se concentrem nas soluções. Não no negativo, mas no positivo.

Não estou a dizer que fechemos os olhos ao monte de coisas absurdas e erradas que acontecem todos os dias ao nosso redor e no resto do mundo. Não! Participar, tomar conhecimento, debater, opinar, é uma coisa. Mas não faça da sua vida um rio de lamentações porque desta forma os problemas jamais irão embora. Tristeza atrai tristeza. Alegria atrai alegria, então viva com mais alegria.

Está demasiado transito? Aproveite para relaxar como puder, ouça aquele CD maravilhoso, pense em coisas boas, sonhe acordado, não importa. Só não entra naquela sintonia em que quase todos a sua volta estão a vibrar " maldito trânsito" porque ele não vai melhorar por causa disso. Mas se fizer o que eu sugeri não se admire se de repente, quase que por milagre, os caminhos se abrirem diante de si e o levarem direitinho até ao seu destino. É justamente isso que acontece comigo.

Mais uma vez repito, pode até pensar que é brincadeira, mas as vezes quando estou parada naqueles terríveis engarrafamentos, eu simplesmente me acalmo, concentro-me e começo a pensar que os carros começam a andar, o transito a fluir e ... adivinhem? Não preciso nem dizer, não é?

Experimentem essas técnicas. Testem no vosso dia-a-dia e verão por vocês mesmos como dá resultado.

Além disso, eu tenho que dizer uma coisa. Nós somos pessoas previlegiadas, que usufruímos de todas as condições básicas e mais algumas para viver, temos saúde, filhos, amigos, alguns de nós até conhecemos alguns lugares no mundo, lugares lindos onde muita gente nunca foi e talvez nunca irá, enfim, temos tantas e tão grandes motivos para sermos felizes, mas mesmo assim existem pessoas que  não vivem um dia, um só dia, sem reclamar de alguma coisa. Eu peço, nessa hora, por favor, lembre-se que existem pessoas que têm motivos de verdade para reclamar da vida, pessoas que não têm casa, que não ganham o bastante para ter comida suficiente ou de qualidade para alimentar os filhos, que não podem pagar uma boa escola, comprar um brinquedo no Natal. Pessoas que passam fome, frio, necessidades e humilhações. Pessoas a quem a sociedade vira as costas porque é mais fácil fazer de conta que elas não existem, e não raras vezes, meus amigos, essas pessoas são mais felizes que nós. Mais alegres, mais sábias, porque elas dão valor a vida, apesar dos pesares. E muitas são tão dignas e admiráveis que lutam tão bravamente e com tanta Fé que dão a volta por cima, justamente por conseguirem ser positivas quando tinham tudo para mergulhar fundo, bem fundo, no desespero do negativismo.

Agradeça pelo dom da Vida. Pense que cada coisa tem a sua razão de ser. Que nada é por acaso. Pense e reflicta na Lei da Causa e Efeito, na Lei do Retorno. Pense em todas as razões que tem para ser feliz, e faça com que as mesmas se multipliquem. Não faça o contrário. Siga a Luz, abandone as sombras e eu desafio-o a vir me dizer se tudo isso deu ou não deu resultado na sua vida. Mas não vale brincar, tem que ser sério. É preciso levar a peito, acreditar e seguir em frente sem olhar para trás. Então, repito, comece por agradecer. Agradeça, agradeça, agradeça. Quanto mais agradecemos pelas coisas boas que temos ou que nos acontecem, mais dessas mesmas coisas estamos a atrair para as nossas vidas. Olhe para cima, para o céu, e agradeça sempre, todas as vezes que se lembrar, a começar pelo dom maior que é a própria vida.

Beijos angelicais :)

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

MEDITANDO

Sei de tudo e não sei de nada, quanto mais perto me encontro mais longe me acho.
A vida é esse emaranhado louco de fios, ligados uns aos outros, do passado retrasado, do presente, do futuro ... a vida é incógnita, incerteza.
O amanhã não existe! Ou existe, já que o que não existe é o tempo?
Sim, essa teoria deixou-me a pensar na época: que o tempo não existe tal como o imaginamos, só o Agora, e que passado e futuro convergem para o presente. Nossa, quanta confusão mental essas teorias provocam, mas o pior não é isso. É elas fazerem sentido mesmo que não pareçam ter muita lógica, dá para entender?
Descobri que não adianta dar com a cabeça na parede nem mesmo fazer experiências científicas para descobrir o sentido da Vida, porque esse tem a ver com o Divino, certo?
Então a resposta não está em nenhum livro, nenhum vidrinho de laboratório, e sim no nosso Eu Interior.
E agora para encontra-lo? Como dar de cara com ele, bater um papo, quem sabe? Fora de brincadeira, eu acho mesmo que uma das melhores maneiras de nos conhecermos a nós próprios e entrarmos em sintonia com o Todo, o Cosmos, enfim, Deus, é através da meditação.
Comecei a praticar e tenho gostado dos resultados. Para começar, sinto-me imediatamente relaxada, como se um peso enorme tivesse sido retirado dos meus ombros. E depois essa sensação continua, transforma-se numa paz, numa calmaria, numa certeza de que todas as respostas em breve serão dadas. Quando se medita passa-se a conhecer a profundidade da alma e essa é mais do que tudo que nós temos. A minha alma é una com a sua, e com todas as almas do mundo. É Una com o Espírito Santo de Deus, logo, é lá, nas profundezas da alma que residem todas as respostas, as chaves de todos os problemas, a solução que buscamos no mundo exterior e que, afinal, só pode ser encontrada aqui dentro de nós.
Existem diversos tipos de meditação, e eu comecei por uma das mais simples e ao mesmo eficazes: a observação da respiração.
Vamos por passos:
1. sente-se na posição de lótus ou semi lótus, com as mãos levemente depositadas sobre o colo, palmas viradas para cima, uma sobre a outra ( pena que não sei porquê não consigo baixar imagens aqui já faz alguns dias, mas pode procurar no google, tá?)
2. comece por inspirar e expirar profundamente 3 vezes, retendo a respiração na altura do umbigo o tempo que conseguir
3. agora respire de forma regular, natural e apenas observe a sua respiração. Comece por fazer isso, de início, por 5 minutos. Muita gente diz que se pode começar com 10, 15 minutos, mas eu acho que para um principiante isso é muito tempo, a pessoa acaba por ficar instável, cansada da posição, enfim, eu comecei assim, com 5 minutinhos e quando já não os sentia passar passei para 10 e agora para 15.
Uma observação importante. O objectivo da meditação é aquietar, silenciar a mente, mas ninguém consegue fazer isso de um momento para o outro, em especial alguém sem treino algum anterior, então não se preocupe com os pensamentos que surgem na sua mente. Aperceba-se deles e simplesmente volte a sua atenção para os movimentos da sua respiração, para as sensações que ela provoca em todo o seu corpo e que antes não tinha notado. Não lute contra a sua mente. Faça como eu disse, apenas deixe o pensamento que surgir de lado e volte a concentrar-se na respiração.
Ao fim de uns dias, senão logo desde a primeira vez, vai sentir a diferença em você mesmo e na sua vida.
O meu objectivo é ir mais longe, é meditar de verdade, porque o estágio onde me encontro é mais propriamente o de relaxamento.
Passo a explicar: a meditação envolve três estágios distintos: Relaxamento, Concentração e Meditação.
Entretanto, se é um iniciante na prática faça como eu. Não se preocupe com o amanhã, viva o Agora, e a etapa agora é essa que eu descrevi acima.
Sucessos para você, porque para mim, sinceramente, tem dado muito certo.
Beijos.

APRENDI

“ Aprendi que eu não posso exigir o amor de ninguém.

Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim e Ter paciência, para que a vida faça o resto.

Aprendi que não importa o quanto certas coisas sejam importantes para mim, tem gente que não dá a mínima e eu jamais conseguirei convencê-las.

Aprendi que posso passar anos construindo uma verdade e destruí-la em apenas alguns segundos.

Que posso usar o meu charme por apenas 15 minutos, depois disso, preciso saber do que estou falando.

Eu aprendi...Que posso fazer algo em um minuto e ter que responder por isso o resto da vida.

Que por mais que se corte uma pão em fatias, esse pão continua tendo duas faces, e o mesmo vale para tudo o que cortamos em nosso caminho.

Aprendi... Que vai demorar muito para me transformar na pessoa que quero ser, e devo ter paciência.

Mas, aprendi também que posso ir além dos limites que eu próprio coloquei.

Aprendi que preciso escolher entre controlar meus pensamentos ou ser controlado por eles.

Que os heróis são pessoas que fazem o que acham que devem fazer naquele momento, independentemente do medo que sente.

Aprendi que perdoar exige muita prática.

Que há muita gente que gosta de mim, mas não consegue expressar isso.

Aprendi... Que nos momentos mais difíceis, a ajuda veio justamente daquela pessoa que eu achava que iria tentar piorar as coisas.

Aprendi que posso ficar furioso, tenho o direito de me irritar, mas não tenho o direito de ser cruel.

Que jamais posso dizer a uma criança que seus sonhos são impossíveis, pois seria uma tragédia para o mundo se eu conseguisse convencê-la disso.

Eu aprendi que meu melhor amigo vai me machucar de vez em quando, e que eu tenho que me acostumar com isso.

Que não é o bastante ser perdoado pelos outros, eu preciso me perdoar primeiro.

Aprendi que, não importa o quanto meu coração esteja sofrendo, o mundo não vai parar por causa disso.

Eu aprendi... Que as circunstâncias de minha infância são responsáveis pelo que eu sou, mas não pelas escolhas que eu faço quando adulto;

Aprendi que numa briga preciso escolher de que lado eu estou, mesmo quando não quero me envolver.

Que, quando duas pessoas discutem, não significa que elas se odeiem; e quando duas pessoas não discutem não significa que elas se amem.

Aprendi que por mais que eu queira proteger os meus filhos, eles vão se machucar e eu também. Isso faz parte da vida.

Aprendi que a minha existência pode mudar para sempre, em poucas horas, por causa de gente que eu nunca vi antes.

Aprendi também que diplomas na parede não me fazem mais respeitável ou mais sábio.

Aprendi que as palavras de amor perdem o sentido, quando usadas sem critério.

E que amigos não são apenas para guardar no fundo do peito, mas para mostrar que são amigos.

Aprendi que certas pessoas vão embora da nossa vida de qualquer maneira, mesmo que desejemos retê-las para sempre.

Aprendi, afinal, que é difícil traçar uma linha entre ser gentil, não ferir as pessoas, e saber lutar pelas coisas em que acredito.”

William Shakespeare


Esse poema é lindo e inspirador, não é?
Eu adoro e concordo com cada palavra, por isso quis partilha-lo com vocês hoje.
Beijos meus, com o amor de sempre.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

A NOSSA MENTE É UM BALDE DE LIXO

Hoje estive a conversar com um homem dotado de alguma sabedoria na vida, um árabe católico, que no entanto não se prende a religião alguma.
É alguém que sempre viveu em busca de Conhecimento, da Verdadeira Sabedoria e da sua própria Verdade. Adorei conhece-lo porque como vocês já sabem eu interesso-me demais por esses assuntos relativos a mente e a alma humana.
Começamos por falar sobre várias coisas dessa natureza, dos poderes mentais, do equilíbrio das nossas energias vitais, dos sete chakras, reiki, e a dada altura ele olhou para mim, aliás, estava-me a fixar nos olhos desde o começo e pediu para se aproximar um pouco mais. Impôs as mãos sobre mim, sobre a minha cabeça, ombros, e mais não vi porque fechei os olhos.
Foi aí que ele me disse que toda a minha energia se concentra na região do meu terceiro olho. E aí começou a falar como se me conhecesse, dizendo que sou bastante intuitiva, que tenho a capacidade de saber das coisas antes delas acontecerem, entre outras coisas. Fiquei surpresa porque tudo isso é verdade e eu conheci o homem hoje. Quero dizer, de concentrar a energia nesse determinado ponto eu não sabia, mas faz sentido. Ou seja, adorei conversar com ele. Adoro conhecer pessoas que não se restringem a viver as coisas mundanas, em função da matéria e totalmente alheias ao mundo invisível em torno de nós.
Mas, indo para o título dessa postagem agora, ele fez uma abordagem bem interessante sobre a nossa mente. "A nossa mente é como um balde de lixo", foi o que o homem disse, que retém tudo, desde emoções, sentimentos, o reflexo da sociedade em que vivemos, tudo. E que o nosso trabalho é deitar esse lixo fora o mais assiduamente possível, não permitir que ele se acumule, se entranhe e passe a infestar toda a nossa vida, controlando-a, dominando-a.
Mas e as coisas boas? Será que a mente só retém o lixo? Isso foi o que eu me perguntei, e a resposta é que tudo que é bom, tudo que vale a pena, fica automaticamente armazenado num outro nível de consciência. Porque a nossa mente subconsciente é una com a Mente Subconsciente Universal e assim sendo sabe todas as respostas. É por isso que ela filtra tudo que entra pelas portas da mente consciente.
Mas, se é assim, porquê que essas toxinas não são então naturalmente eliminadas?
Porque esse é o nosso trabalho. Separar o joio do trigo, fazer escolhas, exercer o livre arbítrio. Fazendo isso, torna-se fácil deitar o lixo mental fora e viver a vida de acordo com aquilo que realmente vale a pena.
Bem, esse homem não tem noção do quanto me ajudou a ver e a entender melhor um monte de coisas. Com certeza, foi uma benção de Deus tê-lo conhecido, que eu agradeço imenso, e também a oportunidade de estar em constante processo evolutivo.
E você, o que pensa de tudo isso? A sua opinião é válida, mesmo que seja contrária a minha.
Paz e Luz para todos.
Angel.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

AMOR AMOR AMOR

Não foi difícil perceber o quanto o Amor sempre me dominou. Percebi isso ao longo de muitas e diversas experiências na minha vida, como quando era suposto ficar com raiva de alguém, no mínimo magoada, e o máximo que sempre consegui era ficar triste e lamentar, a enorme facilidade em perdoar, mesmo que perdoar não implique continuar no lodo, ou apagar da memória; o ver, ainda que involuntariamente, o lado bom das "piores" pessoas ... enfim, sempre tive essa coisa em mim, e quando tomei consciência dela percebi o Bem que ela sempre me fez, porque manter o coração e a alma livres das influências perniciosas das emoções negativas traduz-se em paz de espírito, em estar bem comigo mesma e com os outros, mas especialmente, em estar mais perto de Deus em toda a sua imensa glória. Afinal, Deus é tudo, mas não é mais do que uma fantástica e imperativa Energia de Amor.
Acho que a humanidade inteira devia ser assim. Já imaginaram? Não existiria o ódio, nem a inveja, nem as guerras. Seria perfeito.
Dizem que existem Mundos assim, inúmeras vezes mais evoluídos que a Terra, habitados por espíritos totalmente puros, onde só o Amor e a fraternidade governam.
Se é verdade, e eu acredito que seja, neste longo processo evolutivo que envolve toda a criação, a Terra algum dia alcançará esferas superiores, e todos nós, por certo, seremos espíritos de luz, alguns em missão de paz pelo Universo, pelos muitos mundos inferiores, lutando para resgatar para a Luz a maioria dos seres.
E voltando ao Amor ... eu amo demais :) amo a minha filha, minha família, amigos, conhecidos, "inimigos", estranhos, a natureza, o mar, o sol, a lua, a vida, mas o que eu amo mesmo de verdade eu acho que é o Amor. Eu amo o Amor, eu sou amor e sempre serei.

A CENTELHA DA FÉ

Em alguns momentos da minha vida, todas as luzes se apagaram.
O céu tornou-se escuro de noite e de dia.
As sombras imperaram, grunhindo medonhamente, e um vazio abismal fez com que eu gritasse o mais estridente e ensurdecedor de todos os silêncios.
Em cada um desses momentos, eu caí e me magoei. Fiz feridas feias na alma que pareciam impossíveis de cicatrizar.
Buracos negros no âmago do meu Ser. Buracos para onde cheguei a desejar ser sugada, em algum instante onde o desespero bradou mais alto, apenas para me poder juntar ao nada, que parecia, então, ser tudo que eu tinha.
No entanto ... após cada um desses momentos de dor, sofrimento e muita confusão emocional, alguma coisa mágica sempre acabava por acontecer. Mesmo quando eu, conscientemente, já não esperava.
Essa força que a esmagadora maioria não sabe de onde vem, surgia e tomava conta de mim, pouco a pouco. Até tornar-se parte de mim mesma.
Uma força tão tamanha e poderosa, que era fácil para mim achar que fosse irreal, apenas um lugar imaginário onde eu gostava de me esconder.
Mas então eu me via a levantar-me do chão e via curarem-se cada uma das minhas feridas, lentamente as vezes, até cicatrizarem. E via também, lá ... no horizonte longínquo, a luz da esperança brilhando, brilhando, brilhando ... chamando-me até ela.
Foi dessa forma, até certo ponto difícil de explicar, que eu superei cada momento, digamos, menos feliz desta minha existência.
Hoje, tempos volvidos, eu sei que a Força que me invadia era o Bálsamo que Deus derramava sobre mim todas as vezes que eu precisei. Sei que quem me ajudava a levantar, e a recomeçar, eram os anjos celestiais que Ele designava para tal, e que a Luz da esperança que brilhava ao longe, era a centelha da Fé que sempre existiu em mim. Mesmo que eu não o soubesse, mesmo que ninguém mo tivesse ensinado. Mesmo assim, ela existia. Ela estava lá, a espera que eu reparasse, e quanto mais a notava, maior ela se tornava.
Hoje sei do que tudo isso se trata: FÉ! Sei o quanto ela pode ser poderosa, milagrosa, capaz de materializar qualquer coisa na qual acreditemos de verdade.
Tudo, absolutamente tudo que existe na nossa mente, passa a existir na nossa vida. Basta que primeiro exista na mente, mas que exista de facto, nem que seja como uma centelha pequenina. Desde que exista, desde que seja real.
A Fé não tem que ser associada a ideias religiosas, pois nem mesmo Deus vive nesta ou naquela religião. Deus, pura e simplesmente, É! E a fé é a centelha de Deus em cada um de nós. O Poder que por Ele nos foi concedido, Poder Infinito da nossa mente subconsciente que quando accionado realiza milagres inenarráveis. Ter fé é isto. É estar conectado com a Mente Superior, Universal, onde todos somos um só.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

COMO NEUTRALIZAR A ENERGIA NEGATIVA

Vivemos num mundo de influências energéticas constantes.
Muitos nomes foram, e têm sido dados desde sempre, a essas formas de influência, tais como:energias, espíritos, vibrações, entre outras.
No entanto, não importa aqui o nome que se lhe dê, vou chama-las de energia porque esse conceito abrange todos os outros.
Tudo é energia, tanto em nós mesmos como em tudo e todos que nos rodeiam. Seja no mundo visível ou invisível. Absolutamente tudo se manifesta energeticamente.
Pois bem, uma vez que assim é, é importante sabermos que cada um de nós está permanentemente envolvido por algum tipo de energia invisível, e que essa energia é capaz de nos influenciar no decorrer do nosso dia, desde as mais pequenas e simples questões, às mais complexas.
Vou dar um exemplo e ensinar uma prática comprovadamente eficaz para neutralizar a energia negativa enviada pelos outros, conscientemente ou não, na sua direcção.
Imagine que alguém o aborreceu, irritou bastante, ofendeu, magoou ... seja o que for. Nessas circunstâncias a sua reacção muito provavelmente seria a de revidar, bater de volta, gritar mais alto, pagar na mesma moeda. Estou certa?
Agora repare no que acontece: quando uma pessoa o agride descontroladamente, física ou emocionalmente, ela está a vibrar numa densidade muito baixa, nociva, envolvida por energias más, e se você reagir da mesma forma estará a alimentar essa mesma energia com a sua, pois você terá também perdido o seu equilíbrio e rebaixado o seu padrão energético para que se pudesse encaixar no da outra pessoa. E aí o caos está instalado.
Por outro lado, se você, mesmo que tenha razão, evitar a discussão, manter-se calmo e sereno, e dizer apenas que irão conversar numa outra oportunidade quando a outra pessoa estiver mais calma e simplesmente retirar-se, isso vai neutralizar a negatividade do outro.
A neutralização da energia negativa acontece porque ela não encontra uma "tomada", digamos assim, onde se ligar. Não encontra o que ela precisa para sobreviver que é o alimento, que só seria dado pelo seu contra ataque dentro do mesmo nível. Vocês entenderam?
Então, o importante a ser retido é que a melhor maneira de neutralizar a energia negativa dos outros que iria afectar a sua vida, ou pelo menos o seu dia, é responder com tolerância aos intolerantes.
Eu sei bem que nem sempre isso é fácil de fazer, dependendo da situação, mas também sei, por experiência própria, que é uma questão de treino. Como tudo na vida. De exercício.
Se começar a exercitar estas atitudes, em pouco tempo notará a diferença não só no relacionamento com os outros, como também na sua vida, no seu dia-a-dia.
Tornar-se-á mais leve, mais tranquilo, mais seguro e mais feliz.
Só se importará com o que de verdade importa e o que importa é fazer a coisa certa e usar a sabedoria infinita em seu benefício.
Sem dúvida que agir dessa maneira revela sabedoria.
De um modo geral esse ensinamento pode ser aplicado em inúmeras situações, como no caso daquela amiga que você sente que não é tão sincera como parece, que se morde de inveja e que fala mal de si pelas costas.
Sim, sei que a vontade que dá é a de tirar satisfações e armar um barraco se for preciso, mas depois de respirar três vezes você verá que não é solução. E vai fazer o seguinte: quando pensar nessa pessoa, deseje que ela seja feliz, que alcance o que deseja na vida; quando se encontrar com ela e se não puder evitar de se falarem, demonstre educação, gentileza, compaixão. Trate-a bem.
Essa sua atitude persistente e verdadeira fará milagres.
Na verdade, seria o milagre da transformação, e só o Amor transforma as pessoas para melhor, só o Amor transmuta a energia negativa em positiva. E isso, meus caros, não é mais senão um exercício de amor.
Pense, se vale a pena alimentar discórdias, ódios, mágoas, e viver tenso, ou se é melhor, realmente, usar da sabedoria infinita que todos carregamos dentro de nós mesmos e viver em paz.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

MUDAR TUDO ... SEM MEDO!

Subitamente, tudo parece fora do lugar.
Nada faz sentido, as peças não se encaixam, o ar torna-se pesado e a atmosfera sufocante.
As cores mais apreciadas de ontem, hoje estão desbotadas.
O verde do jardim perdeu o viço e até o perfume delicioso das flores transformou-se no mais comum dos odores.

Quem nunca se sentiu assim, ao menos uma vez na vida?
Quem nunca sentiu não pertencer a determinado lugar?
E quem nunca se sentiu a mais, ou que precisava de mais para ser feliz?
Quem nunca experimentou a sensação de viver uma vida que não é sua, e teve ganas de dar um chute no balde, espantar a todos e sair em disparada sem se importar com isso?
Quem nunca se deparou com uma verdade dura e achou que isso seria capaz de dilacerar-lhe o coração, tamanha decepção?
Quem nunca teve vontade de desaparecer sem dizer adeus, sem deixar rastro, sem lembranças do passado?

Acho que uma boa parte de nós já se sentiu mais ou menos assim, pelo menos uma vez na vida.

Eu, em particular, já me senti dessa forma mais do que uma vez ... digamos que eu seja do tipo que precisa de renovação constante na própria vida. A monotonia é capaz de me adoecer, tal como a falta de estímulo, de incentivo, de motivação ... acho que no meu caso, deve-se a intensidade com que vivo e faço qualquer coisa, de modo que tudo que se transforme numa rotina entediante acaba por se tornar frustrante.
Sequer sei se estou certa, efectivamente, mas penso que a vida seja muito, para ser vivida de maneira medíocre.
E o que seria uma vida medíocre?
Uma vida medíocre para mim é uma vida sem amor para receber, mas principalmente para dar. Uma vida sem paixão, emoção, alegria, riso, gargalhada, simplicidade, felicidade nas coisas mais pequenas.
Uma vida de aparências, em que o mais importante seja usar uma boa máscara que nos oculte a verdadeira face da sociedade.
Casamentos de fachada, isso é medíocre. Amizades por conveniência também.
Ser falsa e pensar que se está a ser politicamente correcta é muito medíocre, tal como tudo quanto nos impeça de ser quem somos, como somos.
Uma vida medíocre é toda a vida desperdiçada por causa de conceitos inventados pelos outros e nos quais no fundo não acreditamos, nem concordamos, mas que aceitamos.

A grande lição que eu tirei de todos os momentos em que me senti mais ou menos assim foi que não se tratam apenas de sintomas, mas de verdadeiros sinais enviados pelo nosso Eu Interior, de que algo tem estado tremendamente errado.
Sinais de que temos feito as escolhas erradas, e essas escolhas são precisamente a origem de toda a angústia e desmotivação.

É preciso ter coragem para recomeçar.
Perder, para poder ganhar.
Abandonar o velho, para ver chegar o novo.
Lutar,para ter a chance de vencer.
É hora de abandonar velhas e falsas crenças, hábitos e costumes que desagradam, pensamentos limitadores e proclamar a verdadeira independência da alma, porque ser livre é muito mais do que poder ir e vir, é saber ser senhor de si mesmo!

Então, peça demissão desse emprego que o atrofia, sem medo do amanhã. Confie.
Afaste-se de uma vez daquele amigo(a) de quem gosta tanto mas que só lhe tem trazido problemas, e convença-se que há pessoas que são uma péssima influencia na nossa vida.
Mude de cidade, de país, se é isso que tem vontade e pode fazê-lo. Não tema a mudança de que é feita a vida. Vá,e vença.
Aprenda a dizer NÃO de uma vez por todas, e pare de querer ser sempre agradável mesmo quando isso o agride interiormente.
Ofereça todas as suas roupas e substitua todas elas por outras que combinem melhor consigo.
Faça o que for preciso para sentir-se bem consigo mesmo, pois sem que se sinta desta forma não poderá fazer com que mais ninguém se sinta. Lembre-se disto.

A hora é essa.
Esta é a hora de ser feliz.
Comece agora mesmo.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

ENTENDENDO A DEPRESSÃO




Quase todas as pessoas já ouviram falar em Depressão, mas poucas são as que realmente sabem o que significa essa doença. A grande maioria simplesmente ignora a sua seriedade por nunca terem vivido nada parecido, nem terem visto ninguém próximo passar por essa complicada doença. E aqueles que sabem bem o que é, quase todos, optam por se calarem e por se esconderem, confidenciando apenas aos mais próximos o drama que vivem ou viveram, porque lamentavelmente, apesar de ter sido designada como a doença do século XX e as estatísticas apresentarem estimativas alarmantes para o futuro, relativamente a Depressão, o assunto ainda chega a ser tabu.

Assumir que se sofre de Depressão para muitas pessoas é uma declaração de fraqueza. Outras não conseguem lidar com o preconceito das pessoas que, na sua ignorância, não entendem a doença, e chamam-na de "frescura", entre outras coisas, o que faz o doente sentir-se frustrado, incompreendido e solitário. Tendo em conta isto, não se pode censurar quem obviamente prefere preservar-se e manter em segredo, o mais possível, o que acontece consigo. No decorrer de uma Depressão, e especialmente quando se luta para se livrar dela, é muito importante o amor e o apoio incondicional das pessoas que se encontram por perto.

A Depressão é uma doença e deve ser tratada por um psiquiatra, pelo menos, nos casos mais graves. Sim!
Psiquiatra não é aquele médico sinistro que só trata de gente louca. Esse é outro pré - conceito, o que faz com que muitos doentes adiem a busca por auxílio por se recusarem a marcar uma consulta de psiquiatria, sentar numa sala de espera de um consultório psiquiátrico, afinal, tudo isso costuma ser de início constrangedor.
Mas só de início, porque em pouco tempo a pessoa percebe outras tantas pessoas iguais a si, pessoas normais, que não aparentam nenhum tipo de loucura, e que frequentam naturalmente esse tipo de consultórios. Portanto, se é o seu caso, por favor, não deixe de pedir ajuda por causa do que os outros vão pensar. Você não tem do que se envergonhar. Você tem é que querer viver, querer qualidade de vida, e isso muitas vezes só é conseguido através do tratamento adequado que só um psiquiatra pode prescrever.

No início deste post eu disse que muita gente não sabe realmente o que é Depressão. Pois bem, Depressão não é tristeza, como muitos pensam, porque a tristeza costuma ter uma causa bem definida, como uma perda, acontecimentos trágicos, decepções, etc. Todas essas situações trazem sofrimento e dor, causam uma grande tristeza na vida das pessoas, para mais ou para menos, depende apenas do caso, da situação e das circunstâncias. Porém, a tristeza tem uma duração limitada, e mesmo nos piores casos, cedo ou tarde a dor atenua e a ferida cicatriza. Mesmo que nunca consigamos esquecer, e que certas marcas perdurem para sempre, a vida continua. Mas Depressão, é muito mais do que tristeza.

Depressão é uma dor de alma, um estado de baixo astral que nem sempre tem uma causa lógica, nem aparente, e que se prolonga por semanas, meses e até anos. A Depressão afecta a nossa vida de todas as maneiras, negativamente. Ela diminui ou destrói a auto-estima do doente e afecta os seus relacionamentos de todo o tipo. Os principais sintomas de Depressão são:

-Insonia nocturna e sonolência diurna
-Isolamento (pessoas deprimidas preferem estar sozinhas)
-Falta de vontade de fazer todas as coisas que antes gostava, como festas, desporto, praia, cinema, trabalho,...
-Falta ou excesso de apetite
-Falta de vitalidade, de energia, de vigor
-Cansaço sem motivo
-Falta de alegria de viver
-Falta de concentração,problemas de memória
-Desleixo com a aparência, falta de vontade e força até para tomar banho, escovar os dentes
-Sentimento de desesperança, pensamentos mórbidos

A Depressão é uma desordem psiquiátrica muito mais frequente do que se imagina.
Existem tipos diferentes de Depressão, desde as mais leves e moderadas, às mais complicadas e graves. Mas, a boa notícia é que todas as formas de Depressão têm cura mediante tratamento.

Nos casos mais simples, o paciente pode superar a Depressão apenas com psicoterapia e mudanças no estilo de vida, tais como exercício físico, etc. Noutros casos mais sérios, de Depressão Profunda, por exemplo, o uso de medicamentos, os Antidepressivos, são necessários e fundamentais para que se trate a doença com êxito e se impeça que ela retorne.
Daí a importância de se seguir o tratamento a risca até ao fim para impedir recaídas futuras.

Não substime a Depressão, não pense que é coisa de gente fraca, frescura, falta de problemas de verdade, e outras baboseiras que tenho ouvido e lido por aí. Não seja injusto para com quem sofre deste mal só porque não consegue entender.
Não pense também que existe um perfil de pessoas deprimidas, porque não é verdade. Tanto pessoas mais alegres e eufóricas, bem resolvidas, etc, quanto tímidas, reservadas e inseguras, podem ser vítimas de Depressão.

A pessoa deprimida não tem culpa de se sentir como se sente, portanto, NÃO ADIANTA dizer coisas como: "tens que reagir", "faz um esforço", "levanta-te da cama e vai trabalhar", e por aí vai, como se o deprimido não soubesse disso tudo de cor e salteado. Ele sabe que tem que fazer, que lutar, que se esforçar, mas ele simplesmente não consegue. Ele precisa de ajuda. Da ajuda dos remédios, de um psicoterapeuta, do apoio dos familiares e amigos que o entendam sem julgar, que o incentivem sem cobrar, que lhe estendam a mão nessa hora tão terrível em que nada parece real, em que tudo se mistura, em que a pessoa vive sem viver de verdade. É mais um espectador da vida, do que alguém que vive reamente.

A Depressão está na origem de inúmeros suicídios, pelo que se deve entender claramente o quanto ela pode ser séria, grave e mais do que importante que seja diagnosticada e tratada. Claro que esses casos trágicos não são a maioria, mas existem números suficientemente elevados para que isso seja uma preocupação da OMS.

Se este é o seu caso e ainda não procurou ajuda, faça-o agora. Não prolongue o seu sofrimento desnecessariamente.

Se desconfia que pode estar a entrar numa Depressão e tem alguns dos sintomas descritos há mais de duas semanas, não hesite em procurar ajuda. Pode começar por um psicólogo ou um clínico geral, que em princípio tem a obrigação de saber fazer uma pré-avaliação e indicar um especialista se for o caso. O importante é que dê um primeiro passo. Lembre-se que toda e quaquer depressão deve ser tratada a fim de evitar que mais tarde ela volte a afectar-lhe.

Se conhece alguém que sofra de Depressão, seja um parente, um amigo, um conhecido, demonstre que entende minimamente o que essa pessoa está a passar, ainda que lhe restem várias dúvidas. O que importa é retirar o véu da Depressão e olhar para ela como uma doença qualquer que precisa e deve ser tratada.

Depressão tem cura. É preciso que se tenha esperança :)

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